Seminário debaterá os limites entre o afeto e o assédio na escola

O evento é promovido pelo Sinpro/RS e acontece nesta sábado, 27 de maio, às 9h

Por Comunicação Sinpro/RS
DEBATE | Publicado em 23/05/2023


Evento será de forma híbrida, na Sala de Eventos do Sinpro/RS, em Porto Alegre
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O Sindicato dos Professores (Sinpro/RS) promove, no próximo sábado, 27, das 9h às 12h, o Seminário Limites entre o afeto e o assédio na escola. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site do evento. Voltado a professores, o evento será realizado de forma híbrida – presencial, na Sala de Eventos do Sinpro/RS em Porto Alegre (Avenida João Pessoa, 919), e on-line (link será divulgado no site do Sindicato no dia do evento).

O Seminário abordará as diferenças e os limites na relação entre professores e estudantes em uma dimensão pedagógica e o constrangimento moral; entre o toque corporal como elemento fundamental na formação de vínculos afetivos e o toque que viola o corpo e constrange; bem como suas implicações psicológicas e legais.

“É fundamental que esse debate esteja presente na escola e que envolva toda a comunidade escolar e acadêmica”, defende a professora Cecília Farias, diretora do Sinpro/RS. “É uma questão que não está associada apenas à relação do professor com o aluno, mas também envolve o aluno com o professor ou professora e até mesmo os pais das crianças e jovens.”

Serão painelistas no Seminário a diretora da Divisão Especial da Criança e Adolescente e delegada Caroline Virgínia Bamberg Machado, a psicóloga, psicanalista e especialista em Problemas do Desenvolvimento na Infância e Adolescência, Luciane Susin e a professora, pesquisadora e mestre e doutora em Ciências do Movimento Humano, Silvane Fensterseifer Isse.

Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), publicada em 2019, aponta que 14,6% dos escolares entre 13 e 17 anos já foram tocados, manipulados, beijados ou tiveram seu corpo exposto sem a sua vontade na escola. As meninas são as que mais denunciaram estes casos, 20,1%.

A rede privada registrou mais casos, com 16,3% de alunas e alunos relatando esses tipos de agressão, enquanto as escolas da rede pública somam 14,4% dos registros.