Santa Rosa recebeu debate sobre reforma da previdência na vida das mulheres

No dia 21 de março mais de 200 pessoas estiveram reunidas no Comitê contra a Reforma da Previdência, em Santa Rosa, para discutir o impacto da reforma da previdência na vida das mulheres. O evento, realizado em alusão ao Dia Internacional da Mulher teve apoio do Sinpro/RS.No dia 21 de março mais de 200 pessoas estiveram reunidas no Comitê contra a Reforma da Previdência, em Santa Rosa, para discutir o impacto da reforma da previdência na vida das mulheres. O evento, realizado em alusão ao Dia Internacional da Mulher teve apoio do Sinpro/RS.

Entre as convidadas, a Professora Sandra Vidal Nogueira, da UFFS, falou sobre a necessidade do empoderamento feminino e da inserção das mulheres na sociedade, especialmente durante o enfrentamento de uma conjuntura adversa de retirada de direitos e retrocessos, que acabam por piorar ainda mais a desigualdade de gênero no Brasil e no mundo.

Também participou a Professora Helenir Aguiar Schurer, presidenta do Cpers Sindicato, que destacou os principais prejuízos do projeto para a vida dos trabalhadores e, principalmente, para as mulheres. Ela apontou os retrocessos históricos que essa proposta representa, salientando que é uma perda grave de direitos que está sendo imposta a sociedade. Assinalou ainda para a importância da informação e mobilização para barrar as grandes perdas que estão por vir.

O Comitê é formado por movimentos sociais e demais pessoas interessadas na organização da luta contra a reforma da Previdência. Ao final, o evento aprovou a Carta das Mulheres Contra a Reforma da Previdência que pode ser lida abaixo na integra:

MANIFESTO CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Durante o painel, “O Impacto da Reforma da Previdência na vida das mulheres”, organizado pelo Comitê Intersindical Contra a Reforma da Previdência, ocorrido no dia 21 de março de 2017, foi analisado e discutido, juntamente com seus participantes – estudantes, trabalhadoras e integrantes de diversos setores da sociedade santa-rosense e da região – as perspectivas da sua empregabilidade e aposentadoria diante a aprovação da Reforma da Previdência Social.

Os participantes manifestam sua total contrariedade na proposta da Reforma dado que esta prevê:
• Equiparação de idade e tempo de contribuição entre homens e mulheres;
• O tempo mínimo de 25 anos de contribuição;
• O estabelecimento de no mínimo 65 anos de idade para a aposentadoria;
• A perspectiva de 49 anos de contribuição para a aposentadoria integral;
• A perspectiva da perda da aposentadoria especial (por tempo reduzido) para professores e outras categorias;

As propostas da Reforma vão contra a histórica luta das mulheres por reconhecimento da sua tripla jornada de trabalho, tiram direitos a duras custas conquistados e impõe um tempo para aposentadoria que desrespeita singularidades e condições impostas pela própria natureza.Sendo assim manifestamos total contrariedade a Reforma da Previdência Social, mantendo-nos na luta por nenhum direito a menos.

Santa Rosa, 21 de março de 2017.