Demissões de professores e irregularidades trabalhistas no Uniasselvi/Kroton
Nas ultimas semanas, cerca de 28 professores foram demitidos e há rumores de que os desligamentos cheguem a cem ao longo do ano.
Comunicação Sinpro/RS
Professores | Publicado em 20/02/2014
Em reunião da Direção do Sinpro/RS com professores do Uniasselvi (Centro Universitário Leonardo da Vinci) na segunda-feira, 17 de fevereiro, em Porto Alegre, novas irregularidades e demissões foram relatadas. Nas ultimas semanas, cerca de 28 professores foram demitidos e há rumores de que os desligamentos cheguem a cem ao longo do ano. O objetivo é a redução salarial de novos contratados.
Os docentes do Uniasselvi também vêm sofrendo com irregularidades como o não pagamento do adicional de aprimoramento acadêmico, calculo incorreto do pagamento de férias, turmas com número excessivo de alunos (devido a junção de turmas), inconformidades nos contracheques, convocação para atividades não remuneradas e não homologação das rescisões contratuais.
Justiça deferiu pedido do Sinpro/RS
A Justiça do Trabalho deferiu na ultima semana decisão favorável (antecipação de tutela) ao Sindicato que garante a manutenção da carga horária dos atuais professores da Uniasselvi. A redução de carga horária do professor não é permitida pela Convenção Coletiva de Trabalho, a não ser casos em bem específicos.
“O que ocorre na Uniasselvi é mais um exemplo do descompromisso com a qualidade do ensino pelo setor mercantil do ensino privado“, destaca Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS.
Relatos dos professores dão conta de situações de sobrecarga de trabalho e desrespeito. “Hoje de noite, por exemplo, terei que dar aula para uma turma de 60 alunos de duas disciplinas diferentes”, relatou uma professora. Um professor, demitido na ultima semana, ficou sabendo por colegas que as grades de horário com todos os seus dados pessoais estavam sendo distribuídas para os novos contratados. Outra docente, demitida em julho de 2013, ainda não teve a homologação de sua demissão realizada, portanto, segue com a carteira de trabalho em aberto.