Sindicato questiona dados sigilosos na mesa de negociação
No início da reunião, a direção do Sinepe/RS começou a apresentar um levantamento que realizou junto às instituições de Educação Básica e de Educação Superior.
Comunicação Sinpro/RS
Sinpro/RS e Sinepe/RS | Publicado em 15/03/2011
O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS) interrompeu a reunião de negociação desta terça-feira, 15, após a negativa do Sindicato dos Professores (Sinpro/RS) de considerar informações sobre a realidade do ensino privado gaúcho que não pudessem ser divulgados publicamente. No início da reunião, a direção do Sinepe/RS começou a apresentar um levantamento que realizou junto às instituições de Educação Básica e de Educação Superior. Ao ser questionado pela direção do Sinpro/RS sobre o fornecimento dos dados, o Sinepe/RS argumentou que a coleta foi realizada com garantia às instituições de ensino de que não seriam divulgados.
A direção do Sindicato dos Professores estranhou a existência de dados e informações das instituições de ensino privado – na sua maioria, confessionais, comunitárias, filantrópicas e sem fins lucrativos, que não possam ser de conhecimento público, e o fato do Sinepe/RS querer usar essas informações como base para contrapor as reivindicações dos professores.
A próxima reunião está marcada para a terça-feira, 22, às 14h, em Porto Alegre.
REIVINDICAÇÕES – Os professores do ensino privado reivindicam reajuste salarial de 9% – índice composto pela inflação do período (6,36%) mais aumento real. A reivindicação é respaldada indicadores de crescimento sustentável da economia do país (7,5% em 2010), que têm reflexos favoráveis no ensino privado, bem como as contradições entre os reajustes das anuidades escolares e a reposição salarial dos professores. Na última década, as mensalidades escolares aumentaram, em média, 34% acima da inflação. Neste mesmo período, os salários dos professores, técnicos e administrativos aumentaram apenas 4%. Também são destaques da pauta dos professores: a limitação de alunos por turma e a realização de oficinas para preservação do aparelho fonador, doenças ergonômicas e relacionadas ao estresse, entre outros. A data base da categoria é 1º de março.
MOBILIZAÇÃO – Cresce a mobilização dos professores em todo o Estado pela garantia do aumento real de salário. Atos, caminhadas e manifestações estão agendadas para Passo Fundo, Pelotas, Lajeado, Santa Cruz, São Leopoldo, Ijuí, Santo Ângelo e Bento Gonçalves. Na capital, está agendada para domingo, 20, manifestação junto ao Brique da Redenção. Na segunda-feira, 28 de março, será realizado o Dia do Aumento Real na Escola.