Marcos Ziemer é o novo reitor da Ulbra

O pro-reitor adjunto de graduação da Ulbra Canoas e ex-diretor-geral da unidade de Palmas (TO), Marcos Fernando Ziemer, foi eleito o novo reitor da universidade (fotos abaixo). A eleição ocorreu na noite de sexta-feira, 17, em assembleia geral extraordinária da Comunidade Evangélica Luterana São Paulo (Celsp), mantenedora da Ulbra. Na assembléia, havia 62 conselheiros aptos a votar, mas seis se abstiveram. Por 46 votos a 10, Ziemer derrotou o diretor do colégio uruguaio Liceo San Pablo da Ulbra, Mauro Roll, candidato ligado à reitoria que foi destituída. O novo reitor vai comandar a universidade por dois anos, em substituição ao pastor Ruben Eugen Becker, que renunciou ao cargo em carta à Celsp às 12h.

Antes de deixar o cargo, Becker, que saiu pressionado por professores e funcionários em greve insinuou que continuaria no comando da reitoria. No final da tarde, por determinação do juiz federal Guilherme Pinho Machado, a Polícia Federal lacrou os acessos laterais e as salas do prédio da reitoria no campus Canoas (fotos abaixo) e recolheu computadores para impedir a eventual destruição de documentos.

Em entrevista coletiva concedida após a assembléia, Marcos Ziemer afirmou que irá formar uma equipe de transição a partir deste sábado, mas não anunciou nomes. Ele disse que pretende adotar as primeiras medidas para a recuperação financeira da instituição “no curto prazo” e que um plano de ação será anunciado na próxima semana.

Citou a venda de patrimônio e o retorno do foco da Ulbra à saúde e à educação como sua principal meta, mas enfatizou que “o resgate das relações que foram perdidas com a sociedade será prioridade para que o projeto da Ulbra, no qual eu acredito seja recuperado”.

Segundo ele, o grupo gestor será formado por especialistas em gestão e na área fiscal. “Meu estilo de trabalhar é de forma colegiada e participativa”, avisou.

O novo reitor garantiu que os membros da reitoria destituída, assim como os assessores diretos do ex-reitor e os consultores serão afastados. Sobre funcionários e professores, disse que “a idéia é não demitir ninguém”, mas admitiu que haverá uma “reestruturação” na universidade. “Precisamos resolver o mais rápido possível a questão dos salários atrasados” e “restabelecer as relações com o MEC, com a sociedade e com os sindicatos, após esse enorme desgaste”, sinalizou.