Professores da Ulbra mantêm greve
A continuidade da greve foi aprovada pela maioria, sendo que quatro votaram pelo fim da greve e oito se abstiveram.
Comunicação Sinpro/RS
Ensino superior | Publicado em 13/11/2008
Em assembléia realizada no início desta noite os professores da Ulbra que atuam nos campi da Grande Porto Alegre decidiram manter a paralisação até que sejam pagos os salários atrasados. Os professores da Ulbra estão em greve desde a noite da última segunda-feira,10, devido ao não pagamento dos vencimentos de setembro e outubro e da primeira parcela do 13º salário.
Cerca de 150 docentes participaram da assembléia, na Câmara de Indústria e Comércio de Canoas. A continuidade da greve foi aprovada pela maioria, sendo que quatro votaram pelo fim da greve e oito se abstiveram. Antes da deliberação, diversos professores se manifestaram, reafirmando a disposição de manter a paralisação por salários e por mudanças na Reitoria.
Os professores reivindicam uma postura mais transparente de dirigentes da instituição em relação à comunidade acadêmica e à sociedade. “Nós não precisamos de habeas corpus preventivo para sair às ruas e não estamos sendo investigados pela Polícia Federal por suspeita de fraudar documentos públicos. Nós estamos certos”, afirmou um professor momentos antes da votação, defendendo a continuidade da greve.
Também por decisão da assembléia, a partir desta sexta-feira serão realizadas caminhadas e atos públicos de mobilização e esclarecimento à população. Os professores também participam de uma audiência pública na Comissão de Educação da Assembléia Legislativa.
Contas bloqueadas – Na tarde desta quinta-feira, o Sinpro/RS manteve reunião com representantes da Reitoria, a convite da Ulbra, mas nenhuma alternativa foi apresentada pela instituição em relação à inadimplência salarial. “As afirmações feitas por advogados da Ulbra de que os salários seriam pagos diretamente aos professores nesta semana não têm qualquer fundamento. A instituição está impedida de gerenciar os seus recursos, pois suas contas estão bloqueadas por decisão da Justiça do Trabalho”, explicou Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS.
Ao contrário do que vem informando a Ulbra, no início da tarde o departamento jurídico do Sinpro/RS esteve na 3ª Vara do Trabalho de Canoas e foi informado que haviam sido penhorados nas contas bancárias, com disponibilidade de liberação pela Justiça, somente R$ 2 milhões e 68 mil. Também existe o valor de R$ 1 milhão e 950 mil que está depositado na agência da Justiça do Trabalho de Porto Alegre, aguardando transferência para Canoas, o que deve ocorrer nesta sexta-feira. Os advogados do Sinpro/RS estarão em Canoas para levantamento dos valores que estiverem disponíveis até às 11h para pagamento dos salários de setembro.