IPA mantém pendências salariais e descumpre acordo
Vencimentos de agosto foram integralizados nesta terça-feira, mas permanece pendente o pagamento do 13º e dos acordos de verbas rescisórias
Por Gilson Camargo
ENSINO PRIVADO | Publicado em 11/09/2018
O Centro Universitário Metodista – IPA integralizou apenas nesta terça-feira, 11, os salários de agosto dos seus 234 professores. Os vencimentos deveriam ter sido depositados no final da última semana, como determina a Convenção Coletiva de Trabalho. Continuam sem pagamento de 50% do 13º salário, em atraso desde o início de agosto, e a primeira parcela de um acordo coletivo sobre verbas rescisórias correspondentes a 26 professores desligados em meados de julho. Nos últimos meses, os atrasos de salários e descumprimentos de acordos coletivos vêm sendo recorrentes na instituição de educação superior de Porto Alegre, que desde 2016 também não recolhe o FGTS dos professores.
No dia 6, o IPA pagou apenas os vencimentos dos docentes que recebem até R$ 4,4 mil. A gerência financeira da instituição alegou na ocasião o bloqueio de valores pela Justiça do Trabalho em virtude de duas reclamatórias trabalhistas. “Apesar dos protestos do Sindicato, o IPA, além dos atrasos sistemáticos, quando paga salários insiste em fórmulas que não contemplam a integralidade do corpo docente”, aponta Marcos Fuhr, diretor do Sindicato dos Professores. Os dirigentes da instituição têm se eximido de falar a respeito do assunto e transferem toda a responsabilidade para a gestão da Rede Metodista em São Paulo. O Sinpro/RS considera absurda essa situação que vem se estendendo, marcada pela falta de uma interlocução objetiva que oportunize a compreensão dos problemas e a busca de soluções”, protesta Fuhr.
O dirigente lembra que devido aos atrasos de salários, os professores do IPA já fizeram duas greves neste ano, em abril e maio, e a continuidade das atuais pendências poderá desencadear outro processo de mobilização dos docentes no próximo período. O diretor do Sindicato lamenta o descaso dos gestores com os professores demitidos que estão há dois meses sem receber seus direitos rescisórios, situação que dificulta novas negociações e acordos com a instituição.