Professores repudiam a extinção do Ministério do Trabalho
Em Assembleia neste sábado, 8, a categoria avaliou a iniciativa do presidente eleito como a continuidade da desregulamentação do mundo do trabalho iniciada com a reforma trabalhistas
Por Valéria Ochôa
ENSINO PRIVADO | Publicado em 08/12/2018
NOTA PÚBLICA
Professores repudiam a extinção do Ministério do Trabalho
Os professores do ensino Privado do Rio Grande do Sul, reunidos em Assembleia Geral no dia 8 de dezembro de 2018, em Porto Alegre, manifestam sua preocupação e repúdio à decisão do presidente eleito de extinguir o Ministério do Trabalho, que completou recentemente 88 anos de existência.
Historicamente, o Ministério do Trabalho tem sido o grande espaço de balizamento e regulação das relações capital/trabalho. Trata-se de um tradicional canal de expressão dos interesses dos trabalhadores ao longo de todos os governos dos mais variados matizes ideológicos desde a sua criação na década de 1930.
A anunciada extinção do Ministério do Trabalho representa a continuidade da desregulamentação do mundo do trabalho, inaugurada com a malfadada reforma trabalhista. As consequências deste processo serão, certamente, o acirramento dos conflitos, o descumprimento da legislação e o desamparo dos segmentos mais explorados da classe trabalhadora, afrontando os princípios constitucionais e o estado democrático de direito.
Os professores do ensino privado gaúcho, por meio do Sinpro/RS, integrado ao movimento sindical e social, juntamente com os setores da sociedade comprometidos com a dignidade do trabalho e da pessoa humana, envidarão todos os esforços para combater os efeitos nocivos desta política.
Porto Alegre, dezembro de 2018.