Professores do IPA em greve pedem interferência da Igreja Metodista
Em Manifesto Público acusam os gestores de não estabelecerem interlocução com o quadro docente e de tomarem iniciativas que colocam em risco o próprio Centro Universitário
Por Valéria Ochôa
ENSINO PRIVADO | Publicado em 25/02/2019
Os professores do IPA, em greve desde o dia 18 de fevereiro, lançaram um Manifesto Público no início desta noite, 25, pedindo à Igreja Metodista, proprietária do Centro Universitário Metodista, “que assuma sua responsabilidade com a instituição, seus trabalhadores e estudantes” e estabeleça um canal de interlocução com o corpo docente. Também conclamam a comunidade do Rio Grande do Sul a se integrar a luta pela manutenção do IPA: “Com o crescimento da mercantilização da educação em nosso estado, a luta pela manutenção de instituições que são referência em qualidade não pode ser apenas da comunidade acadêmica, mas sim uma causa da sociedade gaúcha”.
Os professores estão em greve pelo atraso no pagamento dos 30 dias de férias e parte do salário de janeiro. “Há pelo menos dois anos, os professores vêm amargando frequentes atrasos salariais, que se estendem ao 13º e às férias, além do não recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS”, desabafam no Manifesto. “Nesse tempo todo, os gestores da Rede Metodista sequer estabeleceram interlocução com o corpo docente e sua representação sindical e a Igreja Metodista, proprietária das instituições de ensino, tem se mantido completamente omissa diante do que vem ocorrendo”.
A greve dos professores do IPA é por tempo indeterminado. A reunião do Sindicato dos Professores (Sinpro/RS) com gestores da instituição, marcada para a quinta-feira passada, foi transferida para a próxima quinta-feira, 28.
Leia a íntegra do Manifesto Público dos Professores do IPA