Dia do Basta: professores paralisam e buscam ações para regularização de pendências na Rede Metodista

A ação foi on-line e contou com representantes de diversos estados para a consolidação de ações que visam garantir os direitos dos trabalhadores

Por Comunicação Sinpro/RS
ENSINO PRIVADO | Publicado em 23/09/2020


Live reuniu representantes dos professores, estudantes e funcionários da Rede Metodista de Educação em todo país
Foto: Reprodução

Nesta terça-feira, 22 de setembro, os professores e funcionários da Rede Metodista de Educação promoveram o Dia do Basta, uma paralisação das atividades pela valorização, dignidade e garantia de direitos dos trabalhadores destas instituições. A ação foi on-line e contou com representantes de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e consolidou preposições que visam garantir os direitos dos trabalhadores.

Os profissionais reivindicam o pagamento regular dos salários, em atraso constante nos últimos anos, respeito aos acordos judiciais firmados, garantia de direitos descumpridos pela Rede, entre outros pontos. O ato foi convocado pelo coletivo de sindicatos de professores e funcionários, além de federações, estudantes e entidades ligadas à educação.

Durante a live, os representantes denunciaram a falta de diálogo com a direção Metodista e o desmonte de instituições centenárias, que estão sendo fechadas por má administração em diversos estados do país. “Acompanho este movimento há muito tempo, tudo o que vem acontecendo com os trabalhadores das instituições metodistas que, apesar de terem seus direitos desrespeitados, nunca deixaram de executar seu trabalho com o mesmo empenho”, destacou o presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), Celso Napolitano.

No Rio Grande do Sul, as pendências salarias têm sido constantes. Colégios e centros universitários da Rede promoveram diversas paralisações desde o último ano. Recentemente, os professores do Centro Educacional Metodista de Passo Fundo estiveram parados por 55 dias em função das pendências de quase cinco salários.

“Temos acompanhado a situação dos professores metodistas. A direção se nega a negociar e não da qualquer perspectiva de regularização. Vemos com muita tristeza o desmonte de instituições históricas”, afirma Margot Andras, diretora do Sinpro/RS.

DECISÕES – Entre as medidas coletivas aprovadas pelo coletivo estão a realização de um estudo jurídico sobre a possibilidade de ação nacional contra as instituições metodistas e a solicitação, via Confederação (Contee), de uma reunião com o Ministério Público Federal. Também foram feitas propostas de exigência de datas fixas de pagamento de salários atrasados e de estabilidade de emprego enquanto não houver comprovação financeira para o pagamento das verbas rescisórias conforme legislação vigente.

Além disso, serão feitos estudos e ações jurídicas e políticas que permitam interferência nas determinações do próximo Concílio da Igreja Metodista em 2021, com a retomada da autonomia das Instituições Metodistas de Educação.

Acesse aqui o documento aprovado no Dia do Basta.