Brasil melhora nível de inglês, porém precisa de mais fluência, diz pesquisa
o progresso não é compatível com o grande desenvolvimento econômico do país nesse período.É o que aponta um ranking mundial de proficiência no idioma elaborado pela EF Education First
Comunicação Sinpro/RS
Pesquisa | Publicado em 08/11/2013
Apesar de o domínio da língua inglesa entre jovens brasileiros ter melhorado nos últimos seis anos, o progresso não é compatível com o grande desenvolvimento econômico do país nesse período. É o que aponta um ranking mundial de proficiência no idioma elaborado pela EF Education First, a maior empresa privada de educação do mundo, e divulgado na segunda-feira, 04. Os dados do Índice de Proficiência em Inglês 2013 (EPI, na sigla em inglês) mostram incongruência entre o crescimento da economia e a educação como um todo: apesar de o Brasil ter um dos mercados financeiros mais desenvolvidos da região e muito potencial para inovação, o sistema educacional ainda precisa se modernizar, revela o índice.
O ranking apresenta o País no 79º lugar da educação básica e na 58ª posição no ensino superior, e destaca que o governo, assim como a iniciativa privada, perceberam a necessidade de investir em educação e deram início a grandes programas nos últimos anos. Como esses investimentos são direcionados a crianças e estudantes universitários, os resultados ainda não são evidentes e, assim, não se refletem na lista de países com melhor proficiência em inglês.
A pontuação do Brasil no ranking cresceu 2,8 pontos desde a primeira edição do estudo, concluída em 2009, e chegou a 50,07 – um nível considerado de “proficiência baixa”. Houve evolução também quando comparado com o último levantamento. Em 2012, o país estava em posição inferior: 46º colocado, com avaliação de proficiência muito baixa. O melhor desempenho do brasileiros no idioma faz parte de uma tendências também observada nos outros países do BRIC (Rússia, Índia e China), porém a pontuação do Brasil é a pior entre o grupo.
“A comparação dos países com os seus vizinhos, parceiros comerciais e rivais fornece um fascinante estudo sobre as divergentes prioridades nacionais e as políticas educacionais ao redor do mundo”, disse Christopher McCormick, diretor de assuntos acadêmicos e da rede de pesquisa universitária da EF. A diretora de linguística aplicada, pesquisa e desenvolvimento da EF, Rachel Baker, analisa a importância da língua no Brasil. “Vejo que o inglês já se tornou pré-requisito para garantir uma boa vaga no mercado de trabalho brasileiro, mas para ser competitivo o Brasil pode utilizar as melhores práticas globais que vêm emergindo.”
Os resultados destacam que conhecimentos de inglês são fundamentais para o desenvolvimento econômico de um país, mas o idioma muitas vezes é tratado como artigo de luxo, ensinado bem apenas em escolas privadas e no ensino secundário. Os responsáveis pelo ranking sugerem a língua inglesa deve ser ensinada e testada a um nível equivalente à leitura na língua materna.
Com informações de Terra.