Debate sobre trabalho extraclasse permanece no MPT
No encontro, o Sinepe/RS apresentou texto com a avaliação das instituições de ensino sobre a proposta do Sinpro/RS de limitar o trabalho extraclasse de forma a preservar o descanso dos professores.
Comunicação Sinpro/RS
Justiça | Publicado em 15/03/2012
O debate entre o Sinpro/RS e o sindicato patronal (Sinepe/RS) sobre o descumprimento do direito de descanso dos professores, relacionado ao excesso de trabalho extraclasse, será mantido com a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT). Em reunião realizada nesta sexta-feira, 9, o Sinepe/RS propôs levar as discussões para o ambiente das negociações coletivas, o que não foi aceito pelo Sinpro/RS. “Recorremos ao Ministério Público para fazer valer um direito já consagrado”, destaca Marcos Fuhr, diretor do Sindicato dos Professores.
No encontro, o Sinepe/RS apresentou texto com a avaliação das instituições de ensino sobre a proposta do Sinpro/RS de limitar o trabalho extraclasse de forma a preservar o descanso dos professores. “Apesar de admitir a sobrecarga de trabalho dos professores, o discurso do sindicato patronal fugiu do tema em discussão, mantendo o velho discurso de que a hora aula engloba também o trabalho extraclasse.
Queremos construir em conjunto um instrumento forte que minimize sensivelmente o volume do trabalho extraclasse e preserve o direito ao descanso dos professores”, explica Fuhr
O procurador Rogério Uzun Fleishmann defendeu a continuidade do debate na esfera do MPT e no formato de um grupo de trabalho, com representantes dos dois sindicatos para abordar especificamente o tema. Nova reunião entre os sindicatos, com a mediação do Ministério
Público, foi marcada para o dia 30 de março, 10h.
A direção do Sinpro/RS assumiu o compromisso de analisar e avaliar o documento apresentado pelo Sinepe/RS e apresentar na próxima reunião uma proposta mais especifica.
A primeira reunião entre o Sinpro/RS e o Sinepe/RS, mediada pelo MPT, ocorreu no dia 20 de dezembro, como resultado da audiência pública realizada no dia 9 de dezembro, a partir de denúncia do Sindicato dos Professores sobre o descumprimento do direito ao descanso dos docentes e sua relação com o excesso de trabalho extraclasse praticado por instituições de ensino privado.