Diretor de Centro, eleito, é destituído na UCS

O diretor da UCS,Paulo Eugênio Carvalho Gedoz,eleito em 2009 pela comunidade acadêmica para um mandato de dois anos,até junho de 2011

Comunicação Sinpro/RS
UCS | Publicado em 06/07/2010


O diretor do Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Paulo Eugênio Carvalho Gedoz, eleito em 2009 pela comunidade acadêmica para um mandato de dois anos, até junho de 2011, foi destituído do cargo na manhã de segunda-feira, 5.

O professor Paulo Gedoz, que cumpria seu segundo mandato à frente do Centro de Ciências Sociais, foi informado do afastamento por dois pró-reitores que o procuraram para entregar a portaria assinada pelo reitor, Isidoro Zorzi. O documento revoga a portaria anterior, que o empossou para o mandato de dois anos por meio de consulta à comunidade acadêmica.

O diretor manifestou repúdio à decisão, ressaltando que, em março, o Conselho Diretor da UCS desconsiderou a consulta à comunidade acadêmica, que elegeu a professora Nilva Stédile para reitora, ao manter Isidoro Zorzi como reitor. “A destituição foi uma atitude autoritária desse reitor que, em março, foi derrotado nos três segmentos da consulta à comunidade acadêmica no processo sucessório, mas foi reeleito pelo Conselho Diretor”, afirmou Gedoz ao jornal Extra Classe.

Para a presidente da Associação dos Docentes (Aducs), Maria Elisa Carpena, a decisão da reitoria é uma atitude antidemocrática e se configura em mais um ato de desrespeito à comunidade acadêmica, uma vez que o diretor foi eleito pelo voto de professores, alunos e funcionários da instituição.

A Aducs encaminhou ofício ao reitor, Isidoro Zorzi, solicitando um pronunciamento a respeito da medida e defendendo “que o exercício democrático seja garantido e expresso na escolha direta de todos os diretores e coordenadores de curso, bem como na manutenção dos já eleitos até o final de seus mandatos”. No documento, a Aducs reitera que os Sindicatos e Associações de Docentes vêm participando dos Seminários para a discussão do Projeto de Lei das IES Comunitárias, em que a gestão democrática é considerada um pré-requisito para o apoio dos professores.