Dirigentes da CUT-RS e Sinpro-RS visitam escolas ocupadas

Os representantes levaram o apoio das entidades aos alunos e também aos educadores da rede pública estadual,em greve por tempo indeterminado.

Comunicação Sinpro/RS
Escolas ocupadas | Publicado em 30/05/2016


Representantes da CUT-RS e do Sinpro/RS visitaram duas escolas ocupadas por estudantes secundaristas em Porto Alegre e levaram o apoio das entidades aos alunos e também aos educadores da rede pública estadual, em greve por tempo indeterminado.

O secretário de Comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr, o assessor da executiva da CUT-RS, João Marcelo Santos, e o diretor do Sinpro/RS, Marcos Fuhr estiveram nos colégios de ensino médio e técnico Ernesto Dornelles, no centro, e Irmão Pedro, no bairro Floresta na última quarta-feira. Cerca de 150 escolas estão ocupadas em todo o estado, algumas desde o início da paralisação dos professores e funcionários de escolas, no dia 13 de maio, contra o descaso do governador José Ivo Sartori (PMDB) com as reivindicações da categoria e a precariedade de muitas instalações. O movimento dos alunos tem o apoio da maioria dos professores, pais e da comunidade escolar, assim como do Cpers e do movimento sindical.

Os dirigentes da CUT-RS e Sinpro/RS observaram a estrutura precária do prédio centenário da escola Ernesto Dornelles, com paredes com tinta descascada, portas dilaceradas pelos cupins e problemas de iluminação. O movimento conta com o apoio da direção da escola e de grande parte dos professores do nível médio e técnico, apesar da pressão exercida por alguns estudantes que não apoiam a ocupação. A diretora da Ernesto Dornelles, Isabel Lopes, informou que após a ocupação o governo do Estado repassou parte de uma verba que estava retida. “Esse recurso estava há meses atrasado e é destinado para consertos e manutenção, como pintura”, explicou. Isabel contou que apoia a ocupação, pois os “alunos estão exercendo o seu direito”. A escola possui mais de mil alunos nos três turnos.

Já na Irmão Pedro os sindicalistas encontraram um colégio com uma boa estrutura, quando dialogaram com a direção da escola e com os alunos que participam da ocupação desde o dia 18. Os representantes da CUT-RS e do Sinpro/RS reuniram com professores que não estão em greve. “A paralisação do Cpers é mais do que justa e necessária, após quase um ano e meio de diálogo infrutífero com governo Sartori que, apesar do aumento de impostos, continua com o parcelamento de salários, o arrocho salarial e a falta de verbas para a melhoria das escolas, além de fazer projetos nocivos como as mudanças no IPE Saúde, dentre outras medidas que atacam os servidores e a educação pública”, ressaltou Ademir Wiederkehr.

Marcos Fuhr, dirigente do Sinpro/RS, lamentou o sucateamento da escola pública e o descaso do governador. “As instalações precárias e a falta de investimento mostram que a educação não é tratada como prioridade, prejudicando alunos, professores, pais e comunidade escolar”, sublinhou. “A ocupação das escolas é a grande novidade, nos empolga e esse vigor dos estudantes já está fazendo a diferença nesta luta”, completou.