Especialistas querem estimular a formação integral no ensino médio

O representante do Anped Dante Henrique Moura, defendeu esse nível de ensino não precisa de mais uma reforma e, sim, de condições reais de funcionamento.

Comunicação Sinpro/RS
Ensino médio | Publicado em 29/11/2012


O representante da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), professor Dante Henrique Moura, defendeu na quarta-feira, 28, em audiência da comissão especial sobre reformulação do ensino médio, que esse nível de ensino não precisa de mais uma reforma e, sim, de condições reais de funcionamento. “Nenhuma escola do País tem infraestrutura física adequada, como laboratórios, quadras, ateliês de artes, ou profissionais com condições adequadas de formação e de trabalho”, ressaltou.

Para Moura, “não é apenas a organização curricular do nível médio, mas a política do Estado brasileiro para a Educação” que precisa ser redefinida. Tanto o professor quanto a representante do Centro de Estudos Educação e Sociedade (Cedes), professora Carmem Sylvia Vidigal Moraes, defenderam a “formação integral” do aluno, e não apenas sua qualificação para atender às exigências do mercado. Na avaliação dos especialistas, antes de entender as tecnologias necessárias ao trabalho, o aluno precisa entender o mundo em que está inserido.

Os professores apontaram os Institutos Federais Tecnológicos de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifets) como as escolas que melhor correspondem ao ideal de ensino médio. “Ali eles vão ter uma formação que congrega conhecimentos das ciências, das letras e das artes com a formação profissional, que vai lhe permitir escolher entre a universidade e o mercado”, explicou Moura.

Com informações de Agência Câmara.