FARGS demite 20% dos professores, meses após ser comprada pelo Grupo Estácio de Sá

Nos dias que antecederam o Carnaval, 23 professores foram demitidos, sendo as homologações agendadas no Sindicato a partir desta segunda-feira, 18 de fevereiro.

Comunicação Sinpro/RS
Demissões | Publicado em 18/02/2013


A Faculdade Rio-Grandense – FARGS, de Porto Alegre, demitiu 20% do quadro de docentes, poucos meses após ter sido comprada pelo Grupo Estácio de Sá, em agosto de 2012. Nos dias que antecederam o Carnaval, 23 professores foram demitidos, sendo as homologações agendadas no Sindicato a partir desta segunda-feira, 18 de fevereiro.

“Somaram-se à indignação dos professores pela surpresa das demissões, problemas relativos às verbas rescisórias, o que ensejou o adiamento das rescisões nesta data. A demissão em massa de professores tem sido prática recorrente em empresas de capital aberto que adquirem instituições no Brasil. Para o Sindicato, essa é uma prática mercantilista de organizações que consideram a educação como simples mercadoria”, afirma Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS.

A atitude da nova mantenedora contraria o discurso de expansão, investimentos e preservação dos postos de trabalho anunciados pelo Grupo Estácio de Sá em 2012. Segundo relatos dos professores, o mesmo discurso foi reforçado em duas ocasiões: em reunião feita com todos logo após a compra e nas festividades de final de ano, no ultimo mês de dezembro, quando foi reafirmado que, por cláusula de contrato, ninguém seria demitido pelo período de dois anos.

Existem indícios de que novas demissões podem ocorrer ainda neste mês. A maior parte dos docentes tinha muitos anos de atuação na instituição e têm nível de mestrado. Muitos possuíam dedicação exclusiva e todos já estavam com os planos de aulas prontos para o início do semestre letivo.

Na época da compra da Fargs, o Sinpro/RS registrou sua preocupação com o perfil do Grupo Estácio de Sá. Ainda em fevereiro o Sindicato emitiu nota de repúdio às demissões na Fargs.