Física, química e matemática não “chamam atenção” de estudantes
A de físicos, químicos e matemáticos. Entre 2010 e 2011, a participação do grupo em relação ao total de ingressantes caiu de 3% para 2,8%
Comunicação Sinpro/RS
Estudantes | Publicado em 15/04/2013
Enquanto os dados de ingressantes nos cursos de engenharia no país são positivos, uma outra frente de graduações apresenta problemas: a de físicos, químicos e matemáticos. Entre 2010 e 2011, a participação do grupo em relação ao total de ingressantes caiu de 3% para 2,8% (houve um pequeno crescimento no número absoluto de calouros, mas menor que a média de todo o ensino superior).
São esses cursos que formam professores para a educação básica. E é justamente essas áreas que possuem maiores déficits de docentes nas escolas brasileiras. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou estar atento à questão e que deverá anunciar nos próximos dias um programa de incentivo ao ingresso nos cursos universitários de ciências exatas e biológicas.
O objetivo é que haja melhora nas aulas desde o ensino médio, com mais laboratórios, entre outras ações. O ministério tenta incentivar os estudantes para a área antes mesmo da educação superior.
Dificuldades
O diretor da Escola Politécnica da USP, José Roberto Cardoso, afirmou que causa “muita preocupação” os dados referentes aos cursos de física, química e matemática –que tiveram queda de participação em relação ao total de ingressantes nos cursos de graduação. Isso porque, afirma o pesquisador, a formação dos estudantes do ensino médio nessas disciplinas é crucial para o desenvolvimento tecnológico do país.
De acordo com o o ex-reitor da USP Roberto Lobo, um dos problemas dessas áreas é que os “ensinamentos são abstratos, o aluno fica estudando reações químicas, sem saber muito bem por quê”. Para o pesquisador, a dificuldade aparece tanto nas aulas de ensino básico quanto nas de formação dos professores no ensino superior.
Com informações de Folha de São Paulo.