Justiça bloqueia recursos
a falta de condições da Ulbra de dispor de recursos para efetivação de algum pagamento salarial aos professores.
Comunicação Sinpro/RS
Ensino superior | Publicado em 27/10/2008
No final da tarde desta segunda-feira, 27, confirmou-se, mais uma vez, a falta de condições da Ulbra de dispor de recursos para efetivação de algum pagamento salarial aos professores.
Segundo informações de representantes da instituição, desta vez somou-se às dificuldades de crédito no sistema financeiro a efetivação de um bloqueio judicial, concedido pela 15ª Câmara Cível, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, publicada na última segunda-feira. Esta medida judicial determinou o bloqueio, pelo período de um mês, de todos os valores que ingressarem nas contas e aplicações financeiras vinculadas ao CNPJ da CELSP.
O fato leva a crer que o pedido de reconsideração judicial apresentado pela instituição, na última semana, não foi aceito.
Esta segunda-feira foi marcada também pela publicação, no jornal do Comércio (Editoria de Economia, página 12), uma entrevista concedida pelo advogado Reginaldo Bacci, em nome da Ulbra, contestando os números do endividamento tributário da instituição, conforme vêm sendo divulgado. Na mesma matéria Bacci refuta “os boatos” de venda de hospitais e do plano de saúde.
Considerando que as primeiras informações sobre o endividamento fiscal e bancário da CELSP/Ulbra foram de autoria do próprio Reginaldo Bacci, inclusive, em entrevista ao jornal Extra Classe, a direção do Sinpro/RS lamenta a perda de credibilidade das informações que vêm prestadas à guisa de justificação dos atrasos salariais.
Causou estranheza também a informação, agora veiculada, de que a instituição não esteja pretendendo desfazer-se dos empreendimentos da área da saúde, versão anteriormente reiterada por todos os dirigentes da Ulbra na interlocução com o Sindicato e apontadas como fonte de potencial liquidez da instituição para saldar seus compromissos.
O Sinpro/RS retomará, nesta terça-feira, a mobilização junto ao Ministério Público do Trabalho e a Justiça de Trabalho de Canoas, que nesta segunda-feira estavam de feriado (antecipação do dia do funcionário público), com vistas ao restabelecimento da prioridade de pagamento dos salários sobre outros pagamentos ou arrestos judiciais em curso.