MEC busca experiências inovadoras na educação básica

Com o objetivo de criar bases para uma política pública de fomento à inovação e à criatividade na educação, a chamada pública irá fazer o mapeamento de experiências espalhadas pelo país.

Comunicação Sinpro/RS
MEC | Publicado em 27/09/2015


O MEC (Ministério da Educação) está em busca de experiências que rompem com os padrões tradicionais de ensino. Até 23 de outubro, estão abertas as inscrições da Chamada Pública para Inovação e Criatividade na Educação Básica, que pretende mapear e caracterizar as intervenções que acontecem em nível local, por iniciativa de escolas, comunidades ou organizações educativas.

Com o objetivo de criar bases para uma política pública de fomento à inovação e à criatividade na educação, a chamada pública irá fazer o mapeamento de experiências espalhadas pelo país. “Pretendemos conhecer onde está acontecendo a inovação na educação básica no Brasil e o perfil dessa inovação”, explica a socióloga Helena Singer, assessora especial do ministro Renato Janine.

Sem a pretensão de ter um cunho de premiação, todas as organizações que forem identificadas pelos MEC como inovadoras serão reconhecidas e divulgadas, independente da quantidade de experiências inscritas na chamada. Podem participar escolas públicas ou privadas de educação básica, instituições educacionais comunitárias, filantrópicas e confessionais, além de associações, organizações sociais e organizações da sociedade civil que atuam no campo da educação.

De acordo com Singer, a chamada ajuda a fortalecer uma rede nacional em favor da inovação, incluindo grupos de trabalho voltados para a identificação de práticas inovadoras e criativas. No total são 8 GTs regionais (São Paulo, Centro Oeste, Minas Gerais, Nordeste 1, Nordeste 2, Norte, Rio de Janeiro e Espírito Santo e Sul), além de um GT nacional composto por lideranças no campo da educação. O mapeamento também pretende criar novas referências para a educação básica brasileira.

Para caracterizar as organizações como inovadoras e criativas, a chamada pública leva em consideração cinco critérios: gestão, currículo, ambiente, método e articulação com outros agentes. “Vamos reconhecer todas as organizações que praticam inovação segundo esses critérios”, diz a assessora especial.

A gestão de uma organização considerada inovadora e criativa precisa estar pautada por um projeto político-pedagógico baseado na corresponsabilização. O currículo deve ser voltado para o desenvolvimento integral dos indivíduos, além de considerar a sustentabilidade e apresentar estratégias para a produção de conhecimento e cultura.

Enquanto o ambiente físico proporciona a exploração e a convivência com as diferenças, essas instituições devem estimular estratégias pedagógicas que reconhecem o estudante como protagonista da sua aprendizagem. Segundo o regulamento da chamada pública, as instituições também precisam trabalhar com ações intersetoriais e em rede, envolvendo a comunidade.

Após identificadas as inovações, elas serão divulgadas e georreferenciadas em uma mapa da inovação no país. Em uma primeira etapa, as experiências serão compartilhadas a fim de serem aproximadas de universidades, empresas e secretarias de educação. “Em uma fase posterior, esperamos reconhecer quais são as maiores dificuldades que essas instituições enfrentam e quais são as suas maiores potencialidades”, conta, ao mencionar que a partir dessa identificação será possível construir políticas públicas que ajudam a valorizar os pontos fortes dessas organizações.

Para participar, as escolas e organizações devem responder um questionário pelo site O resultado da chamada pública deve ser divulgado em novembro.

Com informações de Porvir.