Mestres são dispensados pela Anhanguera após avaliações de cursos pelo MEC
“Em reunião com os docentes na terça-feira, constatamos que 90% têm titulação em nível de mestrado e foram dispensados depois da avaliação dos cursos pelo MEC e com o objetivo de redução de custos.
Comunicação Sinpro/RS
MEC | Publicado em 20/12/2011
Alunos da Faculdade Anhanguera Educacional, em Rio Grande, organizaram uma manifestação em frente à sede da instituição, localizada na avenida Rheingantz, na segunda-feira, 19, para protestar contra a demissão de professores ocorrida no final da semana anterior. Com o slogan “Porcaria! Educação virou mercadoria…”, os alunos exigiam dos dirigentes da Anhanguera uma justificativa para as demissões.
O Sinpro/RS apurou que a maioria dos demitidos é de professores com titulação em nível de mestrado. “Em reunião com os docentes na terça-feira, constatamos que 90% têm titulação em nível de mestrado e foram dispensados depois da avaliação dos cursos pelo MEC e com o objetivo de redução de custos. Eles foram informados que a carga horária integral que consta nos documentos era apenas pró-forma e que receberiam salários correspondentes a cargas horárias menores”, denunciou o diretor da Regional Rio Grande do Sinpro/RS, Ivo Mota.
Segundo o dirigente, o Sindicato está acompanhando a situação e encaminhará denúncia ao MEC. O Sinpro/RS já mantém diversas ações judiciais contra a Anhanguera por descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho.
Guilherme Silveira, estudante de Direito, confirmou que a instituição não tinha alguns cursos reconhecidos pelo MEC devido à exigência de contratação de mestres e doutores ao quadro docente. “Agora, simplesmente eles foram demitidos, em um movimento nacional, que inclui outras unidades do país”, disse em entrevista ao Jornal Agora, de Rio Grande. No município, os demitidos equivalem a um quarto do total de professores.
Em nota, a Anhanguera afirmou que as demissões ocorrem em função do planejamento de carga horária do próximo semestre.