Nem tudo é alegria na educação infantil, alerta campanha do Sinpro/RS
A ação foi construída a partir das crescentes denúncias e relatos de maus-tratos e adoecimento dos docentes desse nível de ensino
Por Cesar Fraga
ENSINO PRIVADO | Publicado em 10/07/2023
O Sindicato dos Professores (Sinpro/RS) lança campanha para chamar a atenção da sociedade gaúcha sobre as contradições entre as aparências de um mundo colorido, de fantasia e de sonhos, utilizado tanto nos nomes das escolas de educação infantil, quanto na decoração de suas paredes e no marketing, com a dura realidade vivida pelas professoras que atuam em escolas de educação infantil exclusiva.
A ação foi construída a partir das crescentes denúncias e relatos de maus-tratos e adoecimento dos docentes desse nível de ensino, somados a uma questão histórica da categoria, que é a baixa remuneração.
“Trata-se de uma campanha de alerta”, explica Cecília Farias, diretora do Sindicato. “O primeiro contato com a escola para a maioria das pessoas se dá na educação infantil, primeira etapa da educação básica, e se o professor dessa fase não for reconhecido e valorizado, as coisas já começam mal.”
A campanha, apresentada publicamente no dia 7 de julho, em evento em Porto Alegre para autoridades, integrantes dos conselhos estadual e municipais, representantes de entidades ligadas à educação e professores, se utiliza de relatos reais de professoras que foram vítimas de assédio moral, pressão excessiva e até mesmo humilhações por parte das proprietárias das escolas.
As denúncias foram recebidas pelo Núcleo de Apoio ao Professor Contra a Violência (NAP) do Sinpro/RS.