Pesquisa aponta apagão educacional no RS durante pandemia

Criado pelo Comitê de Acompanhamento da Crise Educacional, levantamento terá os resultados apresentados nesta sexta-feira, 31

Por Comunicação Sinpro/RS
EDUCAÇÃO | Publicado em 29/07/2020


Uma pesquisa produzida pelo Comitê Popular Estadual de Acompanhamento da Crise Educacional no RS procura entender como está sendo o acesso à educação durante a pandemia, e saber quais são as condições seguras para o retorno às atividades presenciais partindo do que pensam as mães, pais, responsáveis e educadores das redes de educação pública e privada de Porto Alegre. O Sinpro/RS integra o Comitê, juntamente com outras entidades.

A Socióloga e integrante do comitê, Aline Kerber, uma das responsáveis técnicas pelas pesquisa, ressalta aspectos que já estão sendo percebidos pela pesquisa sobre o momento vivenciado pela educação pública e privada no Rio Grande do Sul. “Já nas primeiras análises é possível perceber que estamos em um momento de apagão educacional tanto nas redes públicas como na rede privada”. O Comitê apresentará os seus resultados na próxima sexta-feira, 31 de julho, em reunião transmitida nas redes sociais, seguida de coletiva.

Além disso, Aline adianta que outros aspectos indicado pela pesquisa são a sobrecarga de trabalho das educadoras e educadores que atuam na rede privada e a dificuldade do acesso das crianças e estudantes que estão em situação de vulnerabilidade social.

A pesquisa está sendo feita totalmente online, respeitando o contexto de pandemia, mas seguindo critérios rigorosos para sua realização. Até o momento mais de 2300 pessoas já responderam o questionário. A expectativa é de que 2400 pessoas respondam o questionário.

Segundo Daniel Momoli, Doutor em Educação pela UFRGS e um dos articuladores do Comitê, o estudo busca entender quais são as condições que as pessoas têm para participar das aulas, sejam educadoras, educadores, crianças e estudantes. “As questões vão permitir a compreensão do momento que estamos vivendo e os dados possibilitarão uma contribuição com o poder público, oferecendo possivelmente novas perspectivas sobre a situação educacional que estamos vivendo”, prevê Daniel.