Polícia pede prisão preventiva para jovem acusado de agredir professora
Prestou depoimento à Polícia Civil nesta sexta-feira, 12, e foi liberado até que a Justiça decida sobre o pedido de prisão preventiva encaminhado pelo delegado Fernando Soares, da 1º DP.
Comunicação Sinpro/RS
Estudantes | Publicado em 12/11/2010
O estudante do primeiro semestre de técnico de enfermagem da escola técnica Factum, Rafael Ferreira, 25 anos, acusado de agredir a pedagoga Jane Antunes, 57 anos, prestou depoimento à Polícia Civil nesta sexta-feira, 12, e foi liberado até que a Justiça decida sobre o pedido de prisão preventiva encaminhado pelo delegado Fernando Soares, da 1º DP. Ele será indiciado por tentativa de homicídio.
A agressão à orientadora educacional Jane Antunes ocorreu na tarde de terça-feira, 8, nas dependências da escola Factum, no centro de Porto Alegre, tendo sido presenciado por outros alunos através de uma parede de vidro. Rafael teria atingido Jane com uma cadeira, provocando fraturas nos dois pulsos da orientadora. A agressão gerou protestos de estudantes da instituição, que promoveram uma passeata no centro e organizaram nas dependências da escola um mural com mensagens contra a violência.
De acordo com depoimentos de Jane e funcionários da escola, o estudante estava inconformado com uma nota baixa em uma prova, reclamou e foi encaminhado para o serviço de orientação pedagógica. Após uma hora de conversa em que se mostrou muito calmo partiu para as agressões, justificando que iria “punir” a orientadora. Segundo as testemunhas, as agressões continuaram mesmo depois que ela perdeu os sentidos. O estudante fugiu do local e se apresentou à Polícia nesta sexta-feira.
Em quase duas horas de depoimento, Rafael alegou ter sido agredido por seguranças da escola e negou o ataque à orientadora. Para o delegado, a versão do acusado incorreu em contradições e inconsistências, a começar pelo fato de não apresentar nenhuma lesão pelo corpo. “Ele se mostrou uma pessoa fria, sem esboçar qualquer arrependimento, mas preocupado com a própria imagem, apesar de ter interrompido o depoimento diversas vezes para chorar”, disse o policial.