Policiais civis paralisam por 24 horas nesta sexta
Comunicação Sinpro/RS
Paralisações | Publicado em 10/11/2016
Os policiais civis do Rio Grande do Sul decidiram aderir ao Dia Nacional de Paralisação convocado pelas centrais sindicais para o dia 11 de novembro. A categoria deliberou pela paralisação das atividades por 24 horas a partir das 8h de sexta-feira, em protesto contra o parcelamento de salários pelo governo estadual e contra as medidas do governo federal em discussão no Congresso que representam a retirada de direitos de todos os trabalhadores.
De acordo com a Ugeirm-Sindicato, são dez meses consecutivos de parcelamento, sendo que, em outubro, os servidores receberam no fim do mês a quantia absurda de R$ 750. O presidente da entidade, Isaac Ortiz, qualificou o parcelamento de salários dos servidores de “política homicida”. Em nota, a Ugeirm informa que os policiais civis vão se concentrar, a partir das 8h, em frente à 3ª DPPA de Porto Alegre, onde vários presos continuam detidos ilegalmente. “Lá, será realizado um protesto, mostrando para a população as condições de trabalho que os policiais têm enfrentado. A própria vida dos policiais tem sido colocada em risco, ao ter que cuidar de presos encarcerados em condições inadequadas, sem equipamentos e executando funções que não são suas. Tudo isso com salários parcelados e sem dinheiro nem mesmo para pagar suas contas mais elementares”. Em recente decisão, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o desconto dos dias parados dos servidores públicos que realizarem greve. Porém, na decisão, o STF salienta que nos casos de atraso de salários, a greve é legal e não é permitido o desconto dos dias parados.
BRIGADA MILITAR – Os policiais militares do estado realizaram reunião na quinta-feira, 10, para tratar de “questões da categoria”, como a manutenção de presos em viaturas em frente às delegacias e plantão judiciário. De acordo com a Associação Beneficente Antonio Mendes Filho (Abamf), que representa os servidores de nível médio da Brigada Militar, há indicativo de “aquartelamento”, forma de protesto já deflagrado em julho para protestar contra o parcelamento de salários e a falta de condições de trabalho, e que restringe o atendimento a emergências.