Professor no Brasil perde 20% da aula com bagunça na classe, diz estudo

Além disso, o estudo aponta que 60% dos professores brasileiros ouvidos têm mais de 10% de alunos-problemas em sua sala de aula, o maior índice entre os países participantes do estudo.

Comunicação Sinpro/RS
Sala de aula | Publicado em 02/03/2015


Uma pesquisa feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que no Brasil o professor perde 20% do tempo de aula acalmando os alunos e colocando a classe em ordem para poder ensinar. Além disso, o estudo aponta que 60% dos professores brasileiros ouvidos têm mais de 10% de alunos-problemas em sua sala de aula, o maior índice entre os países participantes do estudo.

A pesquisa Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Teaching and Learning Internacional Survey, Talis, na sigla em inglês) ouviu professores de 33 países.

O estudo aponta que no Brasil o professor perde 20% do tempo para por a classe em ordem e acabar com a bagunça, 13% do tempo resolvendo problemas burocráticos e 67% dando conteúdo. É o país que onde o professor mais perde tempo de aula. A média dos países da OCDE é de 13% do tempo para acabar com a bagunça.

O estudo perguntou aos professores se eles têm mais ou menos de 10% de alunos problemáticos na classe. O Brasil teve 60% dos docentes apontando terem mais de 10% de estudantes problemáticos. Chile, México e Estados Unidos aparecem depois. Na outra ponta, Dinamarca, Croácia, Noruega e Japão têm menos relatos de professores sobre alunos com mau comportamento.

Os dados foram levantados em 2013 com alunos do ensino fundamental e ensino médio (alunos de 11 a 16 anos), mas um relatório sobre a questão de comportamento dos alunos foi divulgado este ano. No Brasil, 14.291 professores e 1.057 diretores de 1.070 escolas completaram o questionário da pequisa.

A pesquisa Talis coleta dados sobre o ambiente de aprendizagem e as condições de trabalho dos professores nas escolas de todo o mundo. O objetivo é fornecer informações que possam ser comparadas com outros países para que se defina políticas para o desenvolvimento da educação.

Com informações de G1.