Professores da Uergs e Fundação Liberato denunciam em Carta Aberta precarização dos salários e das condições de trabalho
Docentes e demais trabalhadores das fundações estaduais estão há três anos sem reposição da inflação aos salários
Por Comunicação Sinpro/RS
EDUCAÇÃO | Publicado em 27/07/2021
O Sindicato dos Professores (Sinpro/RS) e os sindicatos que representam os trabalhadores da administração indireta do estado (celetistas), publicaram nesta terça-feira, 27, uma Carta Aberta dirigida ao governador Eduardo Leite (PSDB) e à população gaúcha, demonstrando sua inconformidade com as perdas salariais, que já são superiores a 15%.
Na Carta, veiculada no jornal Correio do Povo, denunciam a resistência do governo na negociação dos respectivos acordos coletivos de trabalho, destacam que não aceitarão o adiamento das negociações para 2022 e prometem mobilização das categorias para a garantia de seus direitos.
Uergs e Liberato
A presidente da Associação dos Docentes da Uergs (Aduergs), Gabriela Silva Dias, afirma que esta é a pior situação em 20 anos da Universidade. “As perdas dos professores, desde o surgimento da Universidade, nunca foram tantas, sempre a categoria conseguiu manter os direitos adquiridos ao longo dos anos e repor os percentuais da inflação”, explica. “Atualmente há uma intransigência do governo nas negociações, que não podemos chamar de negociações e sim de imposições, restrição dos direitos e redução do salário”.
O diretor do Sinpro/RS e professor da Fundação Liberato, Daniel Sebastiani, diz que a inflação acumulada até março é de 14,73%. “Uma perda violenta”, expressa. “Claro que este número já aumentou, pois estamos encerrando julho”, observa. “E também há defasagem financeira nas cláusulas sociais, como auxílio-alimentação e auxílio-creche. Não bastassem as perdas, o governo também quer mudar o atendimento em saúde”.