Professores e funcionários definem agenda de mobilização

Mais de 800 professores e técnico administrativos do ensino privado do Rio Grande do Sul participaram do Ato Estadual de Lançamento da Campanha Salarial 2011 realizado neste sábado, 12, no Centro de Eventos São José, em Porto Alegre. Vindos de todas as regiões do Estado, os professores e técnicos administrativos reafirmaram a reivindicação de reajuste salarial de 9% – índice composto pela inflação do período (6.36%) mais aumento real.

AGENDA – A partir da próxima semana acontecerão atos em Passo Fundo, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Pelotas, Lajeado, Santa Cruz, Santo Ângelo, Ijuí e Bento Gonçalves. No dia 20 de março, os professores realizam mobilização junto ao Brique da Redenção, em Porto Alegre, para distribuir materiais informativos para a comunidade. O ato deste sábado também apontou o início dos trabalhadores nas escolas. na segunda-feira, 28 de março, acontecerá o Dia do Aumento Real na Escola, que contará com a manifestação de professores e funcionários junto às instituições de ensino em todo o Estado.

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES – A reivindicação por aumento real está sustentada no crescimento da economia do país (7,5% em 2010), com reflexos favoráveis no ensino privado, e as contradições entre os reajustes das anuidades escolares e a reposição salarial dos professores. São destaques da pauta dos professores ainda a limitação de alunos por turma e a realização de oficinas para preservação do aparelho fonador, doenças ergonômicas e relacionadas ao estresse, entre outros. O documento foi elaborado em assembleia geral realizada em 21 cidades, entre 20 de outubro e 9 de novembro. As reivindicações foram entregues ao Sinepe/RS no final de novembro.

“É uma vergonha a disparidade entre a trajetória de reajuste das mensalidades e o reajuste dos salários de quem faz a educação de qualidade do ensino privado do Rio Grande do Sul”, destacou o professor Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS. As mensalidades aumentaram, em média, 34% acima da inflação na última década. Neste mesmo período, os salários dos professores, técnicos e administrativos aumentaram apenas 4%. “Depois de priorizar a infraestrutura, chegou a hora das instituições de ensino priorizar os salários dos professores e funcionários”.