Sinpro/RS tem segunda rodada de negociação com comunitárias e sem fins lucrativos

Aconteceu na tarde desta terça-feira, 16, a segunda reunião do Sinpro/RS com a comissão de representantes das instituições comunitárias e de instituições sem fins lucrativos, dissidentes do Sinepe/RS.

A reunião, solicitada pela comissão dessas instituições, teve como objetivo a discussão com vistas ao Acordo Coletivo de Trabalho específico para este segmento, com abrangência da educação básica e superior.

Surpreendentemente a comissão patronal abriu o diálogo propondo um acordo excluindo a limitação do número de alunos por turma, adiando e estendendo o processo de aproximação dos valores hora-aula no ensino fundamental – cláusulas recentemente incluídas na Convenção Coletiva de Trabalho Sinpro/RS e Sinepe/RS para a Educação Básica.

A flexibilização e a revogação dos avanços registrados na CCT 2015 tiveram como principais defensores os representantes das mantenedoras maristas e jesuíta, invocando condições de sustentabilidade e restrição, por princípio, a limitação no número de alunos por turma.

A proposição foi rechaçada pelos dirigentes do Sinpro/RS. Os representantes dos professores manifestaram sua estranheza e preocupação com as intenções enunciadas pela comissão sindical patronal de inaugurar um processo negocial pautando a supressão de pequenos avanços nas condições de trabalho na Educação Básica, conquistas de uma trajetória histórica de negociação com a representação do ensino privado, inclusive com a participação do segmento atualmente dissidente do Sinepe/RS.

O Sinpro/RS reiterou a disposição de manter o diálogo, negociação e acordos coletivos desde que mantido o patamar da CCT 2015, em função do que, foi agendada nova reunião para a próxima terça-feira, 23.

Além da dissidência das instituições de educação superior integrantes do Comung (com exceção da Unifra) a comissão sindical patronal é integrada por representantes das mantenedoras maristas, lassalista e jesuíta.