Todos perdem quando não há liberdade para aprender e ensinar

Painelistas do Sinpro/RS Debate abordaram as estratégias de movimentos que promovem ataques e censura contra professores e reforçam a defesa da liberdade de cátedra

Por Gilson Camargo
DEBATE | Publicado em 29/04/2024


Russel, Cecília, Júlio e Ronai, na abertura do Sinpro/RS Debate sobre a liberdade de ensinar e aprender
Foto: Leonardo Savaris

A liberdade de ensinar e aprender foi tema do Sinpro/RS Debate realizado na manhã de sábado, 27 – de forma híbrida: presencial, na Sala de Eventos da sede estadual do Sindicato dos Professores, em Porto Alegre; e virtual pelo Google Meeting.

O debate integra uma série de ações do Sinpro/RS em resposta à crescente perseguição ideológica aos professores e ao cerceamento de ideias praticados por ativistas conservadores e militantes extremistas nas escolas públicas e privadas do Rio Grande do Sul.

Durante mais de três horas, os ataques à liberdade de ensinar e aprender foram analisados pelos painelistas Júlio Sá, fundador da Associação Mães e Pais pela Democracia (AMPD), o professor e escritor Ronai Rocha e a mestre e doutora em Educação pela Ufrgs e professora da Faced/Ufrgs, Russel Dutra da Rosa.

A diretora do Sinpro/RS, Cecília Farias, coordenadora do debate, citou episódios de censura a livros e a conteúdos de aulas, perseguição ideológica, ameaça, intimidação de professores que são atendidos pelo Núcleo de Apoio ao Professor Contra a Violência (NAP), mantido pelo Sindicato.

“Assistimos nas redes sociais cenas que nos remetem à Idade média: livros jogados no lixo, professores massacrados pelo tribunal das redes sociais e normalmente demitidos das escolas”, destacou.

Na manifestação dos painelistas, a constatação de que todos perdem com o cerceamento à liberdade de ensinar e aprender que, entre outras consequências, sufoca os alunos, mina o pensamento crítico e leva professores à autocensura e ao adoecimento.

Leia a íntegra no jornal Extra Classe.