Universidades podem reajustar matrículas pelo Fies em até 6,4%
Anteriormente, a pasta havia bloqueado o crédito para as instituições que aumentaram as mensalidades acima de 4,5%, que é a meta de inflação fixada pelo governo.
Comunicação Sinpro/RS
Fies | Publicado em 13/02/2015
Pressionado pelas instituições de ensino superior, o MEC (Ministério da Educação) elevou para até 6,4% o reajuste que poderá ser aplicado nas matrículas para o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Anteriormente, a pasta havia bloqueado o crédito para as instituições que aumentaram as mensalidades acima de 4,5%, que é a meta de inflação fixada pelo governo.
A mudança, segundo a assessoria do MEC, ocorreu depois que as equipes técnicas do órgão e do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) analisaram as informações prestadas pelas instituições de ensino. Com o novo patamar de reajuste, o ministério anunciou que o sistema para novos contratos do Fies será aberto no dia 23. As inscrições poderão ser feitas no portal do programa. A novidade é que será estabelecido um prazo para que os estudantes solicitem o Fies.
As inscrições estarão abertas até o dia 30 de abril. Antes, a adesão podia ser feita a qualquer momento. Segundo o MEC, os estudantes que aderirem ao fundo de financiamento até 29 de março não estarão sujeitos às mudanças feitas pela portaria, no final do ano passado. Os que aderirem a partir de 30 março deverão ter obtido média de pelo menos 450 pontos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) a partir de 2010 e não ter zerado a redação. As inscrições do Fies foram suspensas no início do ano para adequação às novas normas. Desde o final de janeiro, o sistema está aberto para renovação de contratos.
As mudanças no Fies, feitas pela portaria do MEC, causaram polêmica no setor, pela possível redução de contratos. O fundo oferece cobertura da mensalidade a juros de 3,4% ao ano. O contratante só começa a quitar o financiamento 18 meses depois de formado. Desde 2010, o Fies acumula 1,9 milhão de contratos e abrange mais de 1,6 mil instituições.
Com informações de Agência Brasil.